quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A escalada que não chega ao fim.

O que é ter fé?
É algum tipo de certeza baseada em nada? Fundamentada única e exclusivamente em algo que você não sabe o que é, mas sabe que existe. Um salto no escuro.

Assim como os dias em que tenho vivido, que não sei como serão, mas sei que viverei-os. Sei que não tenho o poder de mudar o que virá acontecer, só a vontade mentalizada e a cada dia que passa, vindo a ser triplicada pela multiplicação das minhas dúvidas cruéis.
O que me faz pensar tanto em querer mudar algumas coisas, é o ritmo do meu coração, que bombeia (e eu sinto) meu sangue, sinto cada batida, bem devagar e mesmo eu tentando evitar, não deixo de contar as horas pra poder ter um abraço seu. O abraço que eu nunca tive, mas que sonho a cada dia... que um dia terei.

Dias cinzas, nublados, frios, vazios. Dias em que as horas demoram a passar, em que a consciência me atormenta por querer tanto estar perto de ti.
Minhas mãos precisam das suas, meus olhos te procuram. Porque não te encontro? Cadê você nesse exato momento? O que você está pensando, o que está fazendo?
O que pode ser mais preciso do que o meu sentimento?

Nada importa tanto quanto. Pode não ser pra você, mas é pra mim.
Porque comigo, fico sozinha. Eu e a minha solidão.
Minha solidão e meus sonhos... e minha vontade de ter você.
Me deixa provar que eu te espero, me abraça. E por favor, não solte!

Essa é mais uma escalada... na qual o maior inimigo é o tempo, e os segundos se tornam imensidão perante ao caminho que tenho que percorrer.
Mas o farei, e se preciso for, andarei mais que o necessário, muito mais que as minhas pernas aguentariam, muito mais que meu coração aguentará.
E se forças me faltarem, continuarei a subir, até tão longe chegar, onde eu possa ficar perto do seu sorriso.

domingo, 9 de agosto de 2009

Eu posso dizer que sim, mas poderia dizer que não.

A questão em voga nem é inspiração, ou exceção de sentimento bom/ruim. E sim o motivo pelo qual eu decido tocar a minha vida a cada dia que passa, sozinha. Não que a companhia de alguém não seja bom mas não é tão suficiente quanto a solidão - diga-se de passagem que ter alguém me faz uma falta tremenda - pra me fazer seguir adiante, um botãozinho chamado esperança, como se fosse pra avançar muito rapidamente os capítulos inúteis da minha vida, e porfim chegar aonde eu realmente quero. Esperança de um futuro que me faça fechar os olhos e correr... correr, dançar, e viver...


Viver como nunca alguém já ouviu falar. De ter o que eu quero, sem ser o que eu sonho, algo que não seja tão importante quanto suprir minhas vontades sentimentais. E sinceramente o que me resta (como se houvessem outras opções) é ser íntegra e correr atrás dos dias bons, felizes e entorpecentes.
Pra anestesiar as angústias e os anseios.
Pra esquecer as coisas ruins que nunca acrescentam em nada a não ser nas mágoas.
Pra ser um pouco mais feliz do que eu tenho sido, do que eu tenho visto e vivido.
Pra ser eu mesma, por alguém, ou por mim mesma.
Estática e onipresente.
Pra eu poder aprender a ser feliz, sem ser triste, sem ter nada que me abale e faça minha fé ficar em dúvida.


Vai saber o que me aguarda mais pra frente.