sábado, 19 de dezembro de 2009

[Contos de Alice - Anonimato]

Quem me dera se todas as coisas que quero dependessem de ser anonimo. Quem me dera não ser ninguém, não ser alvo de inveja, fofoca, lenga lenga e bla bla bla.
Gostaria de poder sair pelas ruas desse mundo louco e perdido, andando sozinha e pensando... sem ter que dar explicações sem ter que seguir paradigmas impostos pela sociedade transloucada. Rir sem precisar conhecer as pessoas ao meu redor, rir de mim, rir comigo, rir pra mim. Expressar as minhas idéias e sem precisar ser realmente ouvida, ser entendida de alguma maneira... por um gesto, um olhar, um dia ou uma noite inteira.
Gostaria de tantas coisas ilícitas, tantas coisas impróprias, tantas coisas sujas e tantas e tão só minhas, sem dividir, sem ter que me explicar. Me perder, relaxar e sumir.

E aí então eu viverei a minha vida, a minha personalidade, quem eu sou e até mesmo quem eu gostaria de ser. Desses verbos sendo conjugados nos "poderia" ou "gostaria" que a vida me oferece, sigo o meu caminho, mesmo rodeada de almas humanas viventes e errantes, minha estrada... simples, minha e feliz - por si só -
Nos planos feitos, sonhos sendo extrapolados muito mais do que o normal, tenho o meu canto e lá canto o meu encanto que se perde, se esvazia, se enxe ou subtrai. Vive da maneira que a vida oferece e na medida das opções, toma aquelas velhas e boas poções, de paciência, de incontáveis "hang on", e "estamos quase lá"... porque um dia a mais ou a menos, a vida vai surpreender rindo com os dizeres de "você tanto esperou e agora tudo isso é seu. sorria menina".
É. Espero que ninguém saiba de onde eu vim e pra onde estou indo.